domingo, 24 de abril de 2011

Saber disso é o que me faz mais feliz!

Volto ao ponto inicial.
Retorno ao começo dos começos, ouço as mesmas músicas, visto as mesmas roupas, saio com os mesmos amigos. É tudo tão bom, que é como se ele fizesse parte de uma invenção minha, de algum delírio pessoal, particular sabe?
Uma saudade boa de sentir...
As vezes parece até um sonho bom, e eu me pego pensando; será que a gente realmente esteve juntos alguma vez?
Todos os dias ele me conquista de um jeito diferente, e eu penso: Será que ele existe mesmo?
Ele existe, é claro que ele existe!
E saber disso é o que me faz mais feliz.

sábado, 2 de abril de 2011

Não escolhi gostar de vc, gostar de vc é que me escolheu.

Ainda somos.
Sobre as datas, nem sei mais...
E porque eu sei que é, espero, tento ter paciência com o tédio.
Vem e fica, não escolhi gostar de vc, gostar de vc é que me escolheu.

E isso... bem, é isso...

E isso de ter que aguentar o silêncio, o meu silêncio, o seu, enquanto o mundo lá fora caminha e gira.
E isso de ter que seguir sem querer virar a página, e não ter que virar, e esse querer quase sem limite de insistir.
E isso de desejar o que sempre pensei que nunca desejaria, e de lamentar que o que desejo muitas vezes não é de verdade.
E isso de te querer quase sem pensar, quase sem razão, como num movimento inesgotável, desesperado e urgente.
E isso de ficar atormentando a pobre da memória com culpas, procurando uma chave, um indício, qualquer pista que me indique um erro, o meu erro, o seu, o nosso.
E isso de sentir raiva mesmo sem sentir, e isso de ter ciúme dela, da outra ela, de todas elas.
E isso de não entender de mim, de não entender que lugar foi esse que eu ocupei, que eu ocupo pra você.
E isso de confundir o real com o possível, a vontade com o desejo, o amor com a amizade.
E isso de tentar entender o que foi e o que não foi, e de culpar os astros, os outros, o tempo, a distância, o medo, a sua conduta, o meu exagero.
E isso de evitar o nosso fracasso.
E isso de querer transformar meus dias num lamento, de inventar desculpa pra te ver, de pensar em você de manhã, de tarde e de noite, e também de madrugada e de procurar seu corpo em outros abraços, em outros braços, em outras palavras.
E isso de relacionar tudo e tanto à sua presença, de querer te ligar mesmo sem ter o que te dizer.
E isso de dormir sozinha, com lágrimas nos olhos.
E isso de não querer desacreditar, de não aceitar que tudo se perdeu, de impedir que a gente seja como os outros, de que a gente seja como todo mundo, de que a gente seja comum, de que a gente também seja possível de acabar.
E isso, bem isso é isso.

"Tudo é igual. Aqui se vive, aqui se morre. Dentro e fora da gente."

O gênio Guimarães Rosa já dizia; "Viver é um descuido prosseguido".
E eu sigo essa filosofia à risca, sem moderação!
Me descuido e vou...
Quebro a cara...
Quebro o coração.
Tropeço em mim e me atolo nos cinco sentidos.
Viver não é perigoso?
Então, me dá licença!
Eu não tenho medo de nada mesmo.
Nasci assim.
Descuidada, desencanada e encantada pela vida!
O genio também disse que; "O sertão é dentro da gente".
Ah, como não?
Aqui tudo é perdido e tudo é achado.
Sou ferro e fogo.
E o perigo nunca falta!
É sempre igual, sempre o mesmo.
Aqui se vive, aqui se morre.
Dentro e fora da gente.
Como o coração, confusão demais num grande sossego.