terça-feira, 9 de outubro de 2012

Ela quis abandonar a viagem por não dar conta mais, tanto pensamento, tanto sentimento,  tanta dúvida... e de repente se viu em si da forma mais difícil que poderia ser. 
Quantos nãos são necessários pra achar o próprio caminho ein? 
Talvez fosse isso: parece existir de fato um movimento cósmico e absolutamente natural para que as coisas sejam duras e, com isso, o jeito seria não endurecer com mais nada. O jeito é encontrar um equilíbrio entre a delicadeza e a agressividade e conseguir confiar mesmo depois de tanta dor. O jeito é seguir adiante e ir desatando os nós, as próprias neuras. O jeito é seguir fluidez, menos razão, menos cálculo, mais coração e lucidez. 
O jeito é respirar fundo e seguir viagem.
A viagem começa quando se volta pra casa. 
Pra dentro de sí.
Engraçado: Mas a saudade que eu sinto hoje não é nem de você. 
Porque você é algo que nunca nem chegou a existir. Porque o você que vejo hoje não é você . 
E o você que não vejo é o eu que eu nem sei mais... 
Você virou uma outra coisa. 
E eu? Eu revirei. 
E daqui, o que vejo é tudo invenção minha.  
Haverá sentimento na lucidez?