quinta-feira, 31 de março de 2011

Através da consciência, e que já começamos a viver aqui na terra o que escolhermos pra eternidade, seja lá onde for...

A doutrina espiritista está em alta, a reencarnação, é um tema polêmico... e eu sinceramente, nem sei no que devo acreditar...
As vezes eu me pego pensando nisso...
Já ouvi por ai que a doutrina kardecista não é nada mais nada menos do que um mecanismo psicológico que ameniza a dor de consciência coletiva ou falta dela, porque convenhamos, é bem mais fácil acreditar que o homem que pede esmola na rua está pagando um carma do que reformar a sociedade de modo a criar um espacinho pra ele...
Essa doutrina muitas vezes, também ajuda a superar a dor da perda...
Mas acho muito difícil considerar a possibilidade de que os homens se salvam por seus próprios méritos e têm mais de uma vida pra isso.
Acho que Deus cochila mas não dorme!
Porque não seria justo com os bonzinhos dar várias outras vidas pros mauzinhos se endireitarem.
Mas enfim, pra mim a reencarnação está em alguns períodos existenciais em que saimos de uma vida pra começar outra.
(Sobre!)vivemos à certas coisas que, de tão fortes, encerram um ciclo e dão início a outro.
Eu me sinto morrer toda vez que me transformo o suficiente pra não me reconhecer refletida no espelho, a cada vez que dou passos pra fora das grades que me prendem na mesmice das escolhas e achismos! 
E ai não tem como pensar nessas coisas e não ser grata à vida que nos dá oportunidades pra viver um ano em segundos e sendo uma só, nos deixar evoluir como se fossem várias...
E numa dessas vidas, fui durmir criança e acordei adulta, as vezes me encontro serena, outras perdida...
Mas já entendi que tanto o céu como o inferno se mostram pra gente juntamente com a consciência, e que já começamos a viver aqui na terra o que escolhermos pra eternidade, seja lá onde for;
Transgredir é transcender, sei que isso é muito bonito de se dizer mas é difícil de se fazer...
Quem vive hoje em mim ainda precisa aprender muito mais coisas, desaprender outras tantas, se livrar de umas lembranças e exorcizar uns fantasmas ...
Mas no presente momento tô treinando o desapego, buscando um meio termo razoável entre o que é correto e o que é bom.
E se eu tiver que morrer por isso, que seja.
Mas por enquanto, eu só quero viver pra vida!!!

sábado, 12 de março de 2011

Já entendi.

Já entendi.
É hora de andar pra frente, olhar pra frente e viver pra frente.
Vou aceitar o que não pode ser, o que foi estragado, mudado, e que não volta mais.
Vou aceitar que alguns arranhões doídos ficam ali por um tempo, e que ainda há espaço, há pele pra novos arranhões.
E que venham os próximos.
Entender que quando eu fui a única a chorar o fim de algo, é porque não havia mais nada pra ser chorado.
Vou lidar com isso agora e aprender com isso, de uma vez por todas.
Aprender a me desviar dos olhares que não me olham de volta.
Vou olhar pro lado, olhar em volta...
Já aprendi a encontrar só os olhares que me olham.
Não vou mais me desviar desses olhares.
Agora eu vou olhar de volta.
Já entendi que as pessoas se perdem e se acham, todos os dias, em todos os lugares.

Por trás do HEMANGIOMA.

Costumo esconder as minhas cicatrizes com muita maquiagem, que funcionam como uns curativos de mentira.
Mas vira e mexe sempre tem alguém que me aborda e me pergunta dessas cicatrizes, o que foi que aconteceu comigo e etc... 
Têm uns inconvenientes que me olham com uma cara de dó e falam "nossa, se não fosse essas cicatrizes vc seria TÃOOOO mais bonita" e ai as vezes eu prefiro inventar qualquer história, pra naõ ter que ficar dando muita explicação... já houve vezes que eu falei que eu me queimei num acidente de carro... ou algo bem dramático, pq não é todo dia que eu tô afim de explicar, mesmo estando à vontade, entre amigos, que essas cicatrizes são decorrentes de uma má formação dos vasos sanguíneos, que são chamados de
H E M A N G I O M A.
Mas nos últimos anos eu perdi essa cisma, e já tô bem mais tranquila com isso.
Perdi esse medo do “vai doer” ter que explicar.
Já tava passando da hora de perder essa aversão de ter que tocar nessa lembrança, pra que eu consiga curá-la.
As vezes é difícil lidar com a verdade, esse remédio amargo que incomoda e arde.
Por baixo do curativo confortável, da maquiagem, existe algo bem maior, que sou EU, só eu e a minha história pessoal, particular, individual e intransferível.
E agora eu já entendi que começar a expor foi a melhor forma que eu encontrei de fazer sarar.
Mas a verdade verdadeira é que eu amo muito todas essas cicatrizes.
Pra mim elas são como um troféu tatuado no meu rosto mostrando que eu venci!
E é por isso que eu tô aqui, contando isso pra vocês!

Falar menos ou falar mais? Eis a questão.

Muitas vezes eu deixo de lado umas coisas que me incomodam, por pura preguiça de discutir... 
Eu simplesmente, finjo que tô de boassaaa...
Mas sinceramente eu acho que isso não é bom.
Guardar as coisas pode trazer uma série de problemas pra nossa saúde.
É que muitas vezes ficamos remoendo as coisas. E eu acho que remoer coisas que não nos fazem bem, podem trazer à tona uma série de sentimentos ruins e até lembranças de coisas que não nos fizeram bem em algum momento da nossa vida.
Com isso, vamos ficando cada vez mais irritados, e nossa energia começa a ficar ruim com tanto acúmulo de coisas...
E eu já vi que eu ñ sou a mesma qdo tem alguma coisa incomodando dentro de mim...
O meu físico sempre demonstra quando as coisas não vão bem.
Muitas vezes eu sinto um bololô no estômago, dor de cabeça, ou aquela sensação de ter algo preso na garganta... Fora as outras coisas...
Então, acho que o ideal é sempre falar o que nos incomoda. As pessoas precisam saber. Até porque se elas souberem elas não fazem mais essas coisas que nos desagradam.
Mas o perigo mora ai nesse incômodo "sair" nos momentos menos propícios. Que é o que normalmente acaba acontecendo. As coisas tendem a ser colocadas pra fora nos momentos de irritação. Muitas vezes as pessoas não sabem que determinada atitude ou situação nos incomodou e se isso é colocado no meio daquela discussão ou naquele momento de "saco cheio", provavelmente será de uma maneira mais agressiva, o que pode prejudicar aquela relação seja ela qual for: amizade, profissional ou amorosa.
Então deixo a dica, vamo colocar pra fora as coisas que nos fazem mal. Coisas que podem nos deixar mal conosco e com as outras pessoas. Sei que muitas vezes não é fácil, mas é necessário.
Então, acho que as vezes eu devo deixar de lado aquela sabedoria de falar menos e ouvir mais...
Em alguns casos, o melhor a fazer é FALAR MAIS!!!
PRONTO FALEI!!!

O dia em que eu me despedi dele...

Hoje eu tava me lembrando daquele dia em que eu me despedi dele...
O dia amanheceu meio escuro. Eu puxei a coberta e me aproximei dele.
Ah, se ele soubesse o quanto é amado.
O relógio despertou e uma tristeza me invadiu. Eu teria apenas mais alguns instantes ali do lado dele. Meus olhos pesavam e eu não sentia a menor vontade de abri-los. Eu só queria continuar ali...
Saímos e ele foi me levar em casa pra que eu arrumasse a mala.
Aquele seria o último amanhecer juntos, durante um longo período...
A chuva fina do lado de fora trazia uma certa melancolia pra aquele momento de intimidade simples, que tantas vezes fora dividido com risos...
Conversamos sobre coisas da vida que estávamos dividindo há tão pouco tempo. Eu procurava não falar muito com medo de que as lágrimas caíssem sem parar do meu rosto. E eu não queria que ele ficasse preocupado.
Mas ai chegou a hora de ir e eu senti meu coração tão apertado que não deu pra segurar, as lágrimas caíram...
Eu sabia que essa separação seria temporária, mas a dor de ficar longe era maior.
Não foi fácil pra mim ver ele acenando com a mão...
Entrei no carro e deixei novamente que as lágrimas viessem. Meus olhos ficaram embaçados de tanto chorar. O caminho foi triste. A chuva começou a cair com mais intensidade. Assim como as minhas lágrimas.
Eu sei que ele vai vir...
Vai vir pra mim e por mim.
E é por isso que eu o espero paciente.
Espera o dia em que não haverá um aceno de adeus e sim um abraço de: “Voltei”.