quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ninguém reparou, ninguém nem ficou sabendo...

Tive saudade e andei.
Dei uma volta na praça da liberdade com as mãos no bolso.
Fui ao belas artes, comprei uma pipoca e assisti um filme.
Chorei sozinha no cinema.
Depois andei de carro sem rumo. Ouvi no carro aquele cd do Caetano, Transa.
Voltei pra casa e andei pela casa vazia.
Fui até as janelas e vi um arco íris lindo.
Tomei banho no chuveiro frio.
Tomei um copo d´água.
Depois sai, tomei chuva e tomei um banho quente depois.
Fui dormir, sonhei com algo que eu não me lembro, acordei no meio da noite e bebi um copo de leite.
Acordei de manhã.
Me olhei no espelho.
Abri a geladeira e fiquei pensando...
A garrafa de água, o resto de coca de ontem, um pedaço de queijo minas.
Reli uns pedaços de um livro.
Li a revista Piauí toda.
Abracei a almofada da sala de tevê.
Fui pro escritório. Trabalhei.
Liguei pra uma amiga e ri.
Brinquei com um cachorro esquisito que tava me seguindo na rua.
Passei no Mercado Central, comprei um peixe e dei a ele o nome de Gabi.
Dei comida ao peixe. Conversei com a brodinha do telemarketing da Oi.
Corri na Silva Lobo. Tomei água de côco.
Lembrei de uma vez que vi uma estrela cadente numa praia do panamá, mas não consegui lembrar do pedido que eu fiz a ela.
Fiz uma salada com atum.
Abri meu e-mail, Orkut, facebook.
Carreguei a bateria do celular. Fui a uma festa.
Comi um temaki antes de ir pra casa.
Comprei um sininho pra por na porta do quarto.
Pensei em viajar pra Bahia no reveillon.
Tomei uma com a galera e voltei pra casa ouvindo Jorge Ben.
Tirei o esmalte da unha.
E finalmente cortei o cabelo.
Ai deixei os dias passar.
Lembrei de deixar o lixo lá fora pra quando o lixeiro passar.
E deixei o tempo passar.
O carteiro passar.
E a vida passar.
E durante todos esses dias, em todos esses momentos, em cada um desses momentos eu tive saudade, muita saudade de você.
E o melhor foi que ninguém reparou, ninguém nem ficou sabendo.

Eu e você, nós somos aquilo que ninguém vê.

A gente deve ser de quem ein?
Ser da gente mesmo, ou ser dos outros?
Mas se ninguém pertence a ninguém...
Então eu sou de ninguém.
Eu sou de mim mesma.
"Eu sou minha, só minha... e não de quem quiser..."
E você,
você não é aquilo que sua vida é.
E muito menos esse momento que você vive...
Você não é nenhum amor perdido...
Eu e você,
nós somos aquilo que ninguém vê.
Uma coleção de histórias, momentos, marcas, lembranças, risadas, sons, cheiros, tatos, gostos, olhares, lágrimas, dores, delícias, mistérios, pecados, bondades, tragédias, sucessos, sentimentos, pensamentos...
E já que se definir é se limitar... eu me contento em ser só um eterno parênteses em aberto.
Enquanto a eternidade desse parêntese durar.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

No meio da "eterna falta do que falar".

Pensei em algo que faz total sentido pra mim.
Alguém disse que só os amores mal resolvidos é que são eternos. E que, neles, tudo seria perfeito justamente porque não são.
SERIAM.
De fato, rola uma certa invenção quando se trata do futuro do pretérito.
O próprio conceito disso tudo já é algo um tanto quanto ambíguo:O futuro do que não aconteceu?
Se não foi não tem futuro e nem presente.
Simplesmente não existe.
E ainda tem a tendência de fantasiar as coisas...
E quando se trata de uma pessoa normal, é lógico que ela não vai imaginar os problemas, a parte podre do "se".
Logo, tendo em mente só as coisas boas, tem se somente memórias boas, mesmo que elas não tenham acontecido.
E aí, fode mais ainda se o seu amado impossível é o arquétipo de homem ideal.
Cria se a ilusão inabalável de que ele é perfeito e, consequentemente, que o até então amor mal vivido seria intenso e eterno.
Mas no final, eu me pergunto:Será que não seria meio cético acreditar que só pelo fato de um amor ter realmente sido vivido, de maneira completa, seu destino é o fim?

sábado, 25 de setembro de 2010

Termino este dia radiante, e libero minha mais pura filosofia introspectiva!

Parece que foi ontem quando cai da bicicleta pela primeira vez, o primeiro dia na escola, e qdo eu tinha uns 8 anos e já meio que começava a querer "decidir" minhas vocações futuras...
E hoje, eu só tenho a agradecer pela vida que confiou a minha alma.
Vida esta que se iniciou num probleminha de saúde (hemangioma), e depois da luta pela cura, a vida me mostrou a força pela qual eu devia seguir no futuro...
Então hj eu tava aqui pensando na vida... e acho q eu só tenho a agradecer msm...
Agradecer pela minha família, base natural, diretriz de meu coração.
Pelos amigos que enchem de energia os meus dias.
Pelas dores, desamores e incertezas que já passaram e só me fizeram querer lutar mais e mais pelos sonhos, afinal, acho que os sonhos são um tipo de energia preciosa pra vida da gente.
Agradecer pelas chances de contornar as situações mais sinuosas e obscuras com categoria, de ter as 7 vidas, que já me fizeram sair de cada uma que até Deus duvida... e com um saldo de uns casos pra contar e muitas risadas....
Sou apenas "normal", normal como os loucos, normal como todos.
E também pedir, prometer a mim mesma que nada vai me fazer desistir e que nada me fará cair.
Termino este dia radiante, e libero a minha mais pura filosofia introspectiva!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O que é que eu vou dizer lá em casa?

Eu não sei o que tá acontecendo...
Mas não entendo pq é q a gente não aprende com as coisas que acontecem...
Cometemos os mesmos erros... e as histórias se repetem...
O que eu não compreendo e não consigo entender, é isso, de acabar com a vida por um momento de prazer...
Já vimos tantos mitos se perderem pela vida e seguimos essa mesma trilha, pela mesma avenida...
Sei lá, eu só acho q muitas vezes o nosso grande erro é o de não viver a realidade...

Não me convidem pra essa festa, pq eu não tô afim de ir...

Um assunto tem me aborrecido muito nesses últimos dias...
A tal da emblemática frase: “exerceremos a nossa cidadania”, "eleição é o tribunal do cidadão", "votar é um dever", "vamos participar da festa da democracia"...
É ridículo pensar que então, eu exerço a minha cidadania só de dois em dois anos...
E essa eleição pra mim é apenas um palco pra esses políticos corruptos e para nós, eleitores irresponsáveis!
E sendo a democracia uma festa, como diria Cazuza, "uma festa pobre que os homens armaram pra me convencer", não deveria obrigar o povo a ir votar, afinal obrigação não tem nada a ver com liberdade.
E a vontade que eu tenho é de pagar essa multa eleitoral pra não sofrer sansões e não perder meu tempo com essa palhaçadinha...
Me recuso a participar e a comemorar a tal "festa da democracia."
Enquanto uns heróis morreram de overdose, outros se venderam por mensalões ou viraram sangue sugas...
E eu, eu não vejo motivo nenhum pra comemorar!
Sério mesmo!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Bom dia, todo dia!

Tudo pode parecer confuso, talvez eu realmente seja louca.
Ninguém sabe o que é ser normal o tempo inteiro mesmo... E eu sou apaixonada por pequenos prazeres, que um a um vão me fazendo assim como sou.
Confusa.
Confusa e feliz.
E o que é ser feliz então?
Pode ser o brilho que eu vejo no fim do dia ou aquela coisa de ficar cantarolando pela rua, mãos nos bolsos.... pisar na grama em um lindo dia de sol, sentir o vento no cabelo, ter pessoas que nos queira bem... por perto.
Umas coisinhas pequenas, mas de valores encantadoramente grandes.

Feliz aniversário, feliz.

Bem, é engraçado como não existe explicação para algumas sensações. Ontem foi meu aniversário, comemorei com alguns dos amores que me cercam de muito amor e muito, mas muito carinho (minha família).
Alguns apenas via internet, via ligações distaaaantes, outros com abraços apertados, olhares únicos e muitos, muitos sorrisos. Foi um dia como aqueles que às vezes sinto vontade de guardar pra sempre numa caixinha só pra mim. Não é só porque foi meu aniversário, não sou tão egocêntrica assim, mas foi tão bom...
Volto com a frase de não saber explicar determinadas sensações, emoções e sentimentos.
Não existe explicação para tal sensação, as palavras desaparecem...
Mas estou muito feliz e meu sorriso fala muito bem por mim, traduzindo tudo o que nenhuma palavra é capaz de traduzir!

"Eu podia estar matando, estar roubando..."

Eu nunca fui assaltada e acho que sou uma das poucas pessoas que tem a sorte de dizer isso. Até pq se tem uma coisa que meu anjo da guarda não pode se dar ao luxo é de ser preguiçoso, acho que ele faz hora extra, sem férias, gratificação e adicional de fds.
É, eu posso dizer que tenho sete vidas pq já escapei de cada uma q até Deus duvida viu...
Mas pensando bem, às vezes eu me sinto assaltada quando vou a padaria por exemplo, e querem que eu pague por um produto muito mais do que ele vale, mas não quero falar disso, aliás nem tenho embasamento para falar sobre isso, economia não é lá meu ponto forte, não mesmo.
O fato é que tem acontecido com freqüência a seguinte situação: eu saio de casa com a bolsa cheia de moedinhas, sou abordada por um menino, mulher-com filhos despencando por todos os lados, velho, bêbado e gente que sofre de aids, lepra, câncer, mau hálito, unha encravada que pedem minhas moedinhas, resultando na volta para casa com a bolsa vazia.
Ah nem viu, assalto pelo menos não acontece cinco vezes no mesmo dia, abordagem de pedinte sim. Gente, vou precisar pedir um aumento se continuar dando esmolas desse jeito! Sérião!
Existe sempre a opção não dar esmolas; e eu entendo que alguém que pede alguma coisa, ao receber vai continuar pedindo, principalmente se é conseguido com facilidade, mas é que eu preciso colocar meu coração no freezer de tempos em tempos se não derrete... Eu não consigo nem dormir em paz sabendo que eu não fiz a minha parte. E olha que as minhas singelas moedinhas não significam a redenção da minha consciência. Eu sempre penso que as pessoas poderiam ter uma vida menos cruel, se alguém fizesse por elas bem mais que lhes dar dinheiro.
Então sabendo que eu não tenho vocação para mártir e tão pouco para heróina, salvando o mundo com as minhas moedas mágicas infinitas, resolvi que eu não daria mais esmolas. E foi assim por um tempo até que em um belo dia, estava eu no centro da cidade,quando um menino de uns 7 anos de idade mais ou menos, descalço, de roupas sujas que só não estavam mais sujas do que ele próprio, diz "tia me dá um dinheiro!", ríspido, como se fosse um dinheiro que eu tivesse tomado dele ou fizesse mais do que minha obrigação em dar. A princípio eu fiquei irritada. Tia (meu irmão teve um filho por ai e eu ñ fiquei sabendo, é isso???) E quem era ele pra falar daquele jeito comigo? Mas depois, olhei para aquela carinha toda sujinha...
Era só um menino, ele não escolheu aquela vida para ele, devia estar na escola, brincando, sendo criança e não problema social...
eu engoli seco.
Ai eu não lhe dei dinheiro, eu lhe paguei um suco e um pastel, não era o que ele queria, deixou isso bem claro quando nem me agradeceu e sumiu no meio da multidão sem se despedir. Tudo bem, eu não esperava mesmo por gratidão, é a tal história de "fazer o bem sem olhar a quem" e eu sempre soube que bancar a boa samaritana não era lá muito fácil...mas não ter dinheiro não deveria significar não ter educação né?
Então era assim que seria, eu não daria mais dinheiro algum a ninguém, afinal de contas a gente ajuda como pode, e quando pode....que não foi o caso de uma semana depois, quando passou por mim um homem que empurrava um carrinho com um bebê de uns 2 anos e pelas roupas dava pra notar que viviam nas ruas. O homem só me olhou, mas não me dirigiu a palavra, então eu pensei em quase correr dali com medo do meu coração pingar, quando o bebê fala com o pai "eu quero leite pai!". Foi ato reflexo, enquanto tentava não escorregar no meu próprio coração que se liquefez no chão, enfiei a mão na bolsa, tirei de lá uns três reais e dei pro homem sem que ele pedisse. Não foi um bom exemplo de como cumprir promessas, e sabe se lá se o moleque não era treinado para pegar trouxas sentimentalóides, e com o dinheiro que ganhavam já tinham uma vaca no quintal de uma bela casa comprada as custas dos três reais dos outros.
A trouxa aqui se encaminha para o estacionamento e se lembra que para tirar o carro era preciso de exatos TRÊS REAIS. É claro que "aquele dinheiro todo" não estaria dando sopa assim na minha carteira sem motivo, era o dinheiro separado para aquele fim (bate a mão na testa - prêmio maior tonta do mundo para mim!). O dono do estacionamento não tinha cara de muito caridoso, eu não tinha um bebê "adestrado" que pudesse dizer "mamãe quero estacionamento grátis!" e achei que levantar a blusa e mostrar os peitos não fosse uma boa opção. Ai eu saí em busca das moedinhas soltas nas bolsas (a minha é sempre do tipo grande e a vantagem é que você encontra coisas que nunca imaginaria que tinha). Arrecadei o dinheiro exato em moedas de dez e cinco centavos, o que significou final feliz para todos: criança com leite, dono de estacionamento com bastante moeda para troco e eu voltei pra casa sem um puto na bolsa!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Mais uma reflexão...

Ao nascer recebi de presente o livre arbítrio.
O que significa que toda e qualquer escolha que eu fizer vai determinar quem eu sou e pra onde vou...
Mas ñ sei se realmente sei o que eu quero ao ponto de fazer estas escolhas conscientemente, ou simplesmente me deixo levar pelas circunstâncias da vida...
Admito e aceito que sou inteiramente responsável por tudo aquilo que acontece. Apesar de muitas vezes me fazer de vítima...
Hj msm me peguei pensando:
"Se eu morasse no Hawaii ainda, minha vida seria outra", mas não dá pra viver de onda... A vida é essa... selva de pedra, escritório...
"Ah, mas e governo? Ah! Não quero a Dilma, mas ñ voto no Serra",
"A minha família não me entende",
e o mais incrivelmente conformista de todos : "Sempre fui assim e pronto, não vou mudar"...
Quantas vezes tive que passar pelas mesmas situações que a vida pacientemente coloca no meu caminho, para prestar atenção na minha responsabilidade perante a vida ein?
O meu destino sou eu quem faço, e sei que eu posso mudá-lo a qualquer momento, basta querer e observar dentro de mim mesma quem eu sou e o que eu realmente quero.
Acredito que carmas podem ser mudados, sim!
E que o mais importante não é me tornar a protagonista, mas a autora da minha história...
Aprendo quando me pergunto:
"Por que é que me fiz passar por isso?" ou "Por que estou criando esta situação novamente?".
Aliás, me enche de energia pensar na vida como uma grande aventura, cheia de lições pra aprender, pessoas pra encontrar e as coincidências pra observar...
Então é isso, é isso que eu ou fazer a partir de agora!

Quem vc é?

Não sei se eu sou exatamente aquilo que eu planejava antes de chegar até aqui...
Não sei se sou luz ou se sou sombra...
Se sou só entrega, energia, alegria, melancolia...
Só não acho que eu sou eu e você é você.
Isso é tudo uma puta enganação, eu sou você e você também sou eu.
Sou meu pai e minha mãe, raciocínio e coração.
Criança, menina, mulher.
Natureza. Mar e montanha.
Sou o que penso, vejo, crio.
Imperfeita.
Assim como todo mundo, erro tentando acertar. E vou errando...
Enquanto alguns querem existir, eu quero só viver.
Sou o que quero, mas acima de tudo, sou mudança.
E você, quem vc é?

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Então beleza então!

Então beleza então...
Então vai ser assim.
Então a gente se vê hoje, e só apenas hoje, ai a gente fica junto, se beija, se abraça, acorda e dorme e coisa e tal...
Que tal se a gente alugar um filme? Ótima idéia, ótimo filme, sobre o que era o filme mesmo?
Então tá então...
Então a gente se fala depois, é, a gente se fala, a gente se liga e coisa e tal...
Eu queria muito muito muito te ligar agora nesse instante e dizer que eu estou afim de te ver mas não, não seria uma boa idéia, não, não, não, a sociedade não permite! Então vou sumir por dois dias. Vou seguir os conselhos das minhas amigas mais bonitas e prudentes, é isso mesmo que eu vou fazer.
Então é isso, então você some junto e cada vez que o telefone toca sinto que pode ser vc...
Morro em cada instante de tanta angústia de espera e escuto dizer: "Estou apaixonada, pois espero. O outro que espero não espera jamais." Li isso uma vez, não me lembro bem onde...
Quem foi que disse que é impossível ser feliz sozinho?
Eu vou escutar um pouco de caetano, abrir as janelas do meu carro e sair pela cidade. Não espero por mais nada e nem por mais ninguém.
Vivo intensamente cada instante, vivo só.
Eu perco a chave de casa, eu perco o freio.
Vou arrumar o armário do quarto, continuar lendo o meu livro, laricar algo na geladeira...
Não tenho esse defeito de ser ansiosa e não vou atropelar as coisas, olha, eu não quero mesmo atropelar as coisas, eu juro que vou respirar fundo, ficar quietinha e esperar o momento certo da gente se falar outra vez e sim, tem realmente muito pouco tempo, como foi mesmo que você surgiu?
Ah! Claro! Não, não, não, obrigada, não quero comer mais, adoraria tomar um chopp, você já viu aquele filme do almodóvar? É lindo, é realmente lindo, não, eu tô falando do filme!
É, não só do filme, que graça!
Que coisa.
Que saudade.
Ops, não, eu não disse isso, a ligação está ruim, o quê? O quê?
Eu estou te ligando desse telefone estranho porque a minha bateria acabou...
Ah! E aqui eu estou muito ocupada para encontrar com você agora, me ligue amanhã, talvez eu te atenda no terceiro toque, insista, mande uma mensagem...
Mas então beleza então, espero por você ansiosamente...

O sonho feito fato.

Ela contava tudo à todos...
Os sonhos dos mais variados...
As histórias esquisitas...
As desilusões...
As aventuras de suas viagens...
As piadas que ouvia por ai...
E os mais loucos casos, com direito a cores e a estampas...
Era de se esperar que um dia alguma dessas coisas se tornassem reais, ou palpável, ou sentido.
Não falo nos devaneios materias, isso não faz nenhum sentido!
Eu falo é de tocar o ar com os olhos e presentir sem prever, preparar sem permanecer parado esperando sabe?
Mas ai o sonho ficou na cabeceira da cama enquanto o fato ficou de pé, pertinho da janela.
E eu fui mais esperta e ganhei porque primeiro eu estava lá no sonho, mas não estava lá no fato.
Achei injusto chamar um sonho vivido de fato.
Achei chato mesmo ter estado no sonho que só sei que estava porque alguém me disse um dia: -"Olha, tive um sonho e você estava nele.." e não poder ver, sentir, estar diante do sonho feito fato.
De fato faz todo o sentido o sonho feito fato.

domingo, 12 de setembro de 2010

Nem os escanfandristas, não se afobe não, como diria o Chico.

É de manhã, eu acabo de acordar e eu vou ter que admitir que acordei pensando em você.
Na verdade eu dormi pensando em você.
Na verdade eu não dormi.
Na verdade desde antes de ontem eu sabia da ansiedade que viria quando eu soube que a gente se veria outra vez.
Na verdade eu sabia que seria exatamente assim quando a gente se visse outra vez.
Exatamente assim.
Exatamente outra vez.
Outra vez tudo retorna, mexe, muda e transforma.
E eu sei exatamente como você se sente.
E você sabe exatamente como me sinto também.
Exatamente como a gente se sente exatamente assim, todo mundo nota.
Ela também nota.
Peço desculpas por isso. Desculpe a inconveniência. Mas é que tudo retorna, mexe, muda e transforma e eu também percebo como isso te incomoda.
Não é nada agradável retornar a casa e ter de volta tudo outra vez, a lembrança, o abraço e os olhinhos.
A gente bem sabe o que a gente tem.
A gente bem sabe que alguma coisa indeterminada ficou parada no tempo exatamente naquela vez em que você falou que tinha medo de magoar meus sentimentos.
Mas acho que você não magoou.
Nem mesmo quando foi sincero comigo, com ela, com elas...
Nem mesmo quando te ver com ela não foi exatamente agradável mas também não foi assim algo tão ruim...
Simplesmente nunca foi ruim e é exatamente assim: único.
Eu sei que isso tudo que a gente tem é único.
A gente bem sabe que isso tudo que a gente tem é incondicional à terceiros.
Ninguém, ninguém há de mudar.
Ninguém há de me fechar as portas do coração.
Todo mundo nota tudo, não importa.
A gente bem sabe o que a gente tem.
Você percebe, você não liga.
Não importa, eu vou voltar pra casa, amanhã é segunda-feira, o dia vai raiar e a gente vai ser bem feliz.
A semana começa e a gente se esquece, tudo bem, não importa.
Você percebe, você não liga. E eu não vou ligar.
Nem os escanfandristas, não se afobe não.

Parabéns Pierrot, você continua um palhaço!

O tempo passou... e hoje tive notícias suas.
Logo agora, que me encontro aqui...
Vejo que os nossos encontros tornaram-se rasos com o tempo. Ocasionais, e vazios de discurso. Melhor assim, não sei bem o que foi que nos ligou durante o tempo que éramos juntos.
Passou. Já passou.
Agora me vejo num emaranhado de trajetos. De rumos. De possibilidades. De perguntas. Borboletas no estômago. 
Talvez você ainda seja a referência maior. Mas sigo...
Só que hoje, tanto tempo depois, tive notícias suas. Notícias vindas de um pombo-correio qualquer. Um motivo pra sua ausência de delicadeza...
Acho que você não lembra. É claro que não lembra. 
Pois justamente agora entendo o trajeto que você nunca descartou. O suposto caminho do artista vago, do impostor. A velha turma, o iê iê iê. Viver eternamente adolescente, nada é mais demodê.
É triste ver. 
Tanto sentimento pra nada, um caminho desperdiçado.
Parabéns Pierrot, você continua um palhaço!

Minha alma canta.

Em terra carioca os dias parecem não ter melancolia.
Crianças e velhos dividem o mesmo guarda sol.
Amanhece verão, anoitece dia, os pés queimam leves.
A praia inteira de gente, a praia inteira de gente.
Não sei se tomo sol, não sei se tomo mate.
Me apaixonei várias vezes nesta manhã.
É tão difícil, tão fácil e tão simples.
Alcanço sem pressa a alegria dos passarinhos.
Minha alma canta.

Os Kms de distância é que marcam o tempo justo das coisas?

Ela colecionava amores efêmeros como quem coleciona livros.
Assim, os mais raros e os mais distantes.
Amores curtos, longos de verão sabe?
Amores suados, inundados de palavras ocas...
Amores de onde se enxerga o ponto em que termina. Mas ainda assim, amores.
Ela começara cedo, e por isso sabia desde sempre que o amor se fazia na impossibilidade de sua permanência. E que justamente por isso, amores com prazo de validade conseguiam ser mais potentes.
Não se economizava sentimento, não se economizada vida. Era amor devorado como as páginas amarelas lidas em silêncio.
E ela seguia o rumo sendo assim. Se apaixonava justamente por quem morava longe de casa. Quanto mais longe, mais amava.
E começava estando perto, muito perto, e desse tão perto não se fingia nem dispensava. Havia de se viver tudo com a máxima intensidade, era declarado o dia em que tudo terminaria.
Então vivia, vivia, vivia, as emoções escancaradas... Não havia porque fingir que não.
Como quem coleciona livros roubados, vivia amores das mais diversas localidades. Argentina, Hawaii, Califórnia, Cuba, Panamá, Israel, Uruguai, Bahia, Brasília... Um amor em cada rio, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro... Os Kms de distância marcavam o tempo justo das coisas. Era sabendo-se distante que se fazia mais sincero. E mais puro.
Um dia chegaria a data de validade. Dia de devolver o livro na biblioteca. Dia de comprar a passagem de volta.
É claro que se poderia tentar forjar a data do fim. Esconder o livro dentro da blusa, queimar as malas, perder a passagem... Ainda assim, não haveria remédio. Existia um prazo de validade.
Não há amor que sobreviva ao amor.
Voltava pra casa então.
Passos lentos cheios de lágrimas.
Todas as lágrimas do mundo de todas as nacionalidades e de todas as cores.
Ela voltava pra casa sozinha outra vez.
E o coração ia junto, escorrendo pelos olhos.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Razão ou Paixão, eis a questão.

Acho que o verdadeiro amor é bem mais raro do que a gente imagina...
Ele é bobo...
Elé é cego como dizem por ai...
Ou melhor, tem a visão periférica cega, a famosa visão seletiva.
Esse amor só vê aquilo que importa e que convém e nada mais além...
É assim, e é assim que deve ser...
E sinceramente, acho que só vale a pena se for assim...
Amor é paixão inconsequente e irracional.
Sem cálculo e sem análise de risco...
Ninguém sabe o futuro disso...
Mas nós, amantes, não precisamaos de futuro nenhum...
Já temos a eternidade e o infinito!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

De cima do palco.

Acho que todas nós mulheres temos um puta potencial pra subir no palco e dar um showzinho de vez em quando. Mas as vezes o que falta é a tão reprimida e condenada (injustamente) vergonha na cara.
E pra subir no palco não precisa de tirar a roupa, nem de ser a Ladi Gaga e muito menos estar completamente bêbada. Aliás, acho que o palco é mais recomendado para aquelas que estão conscientes do que estão fazendo, porque ressaca moral é foda!
Então, você só precisa de um pouco de força nas pernas, de algumas amigas para aplaudi-lá e pronto, a sua performance naturalmente será um sucesso!
Celebre a vida e esse corpitcho que Deus lhe deu e tenha o seu dia de "pequena miss sunshine"!
Caso você não esteja na sua melhor forma física, relaxe, o palco emagrece!
Lembre-se que se até a Carla Perez fica gostosa quando vista de baixo, você não há de decepcionar.
Além do mais, quem foi que disse que a sensualidade vem do diet shake?
Ah! E se alguém ousar de taxar de vulgar, não se preocupe: É inveja pura!
PRONTO FALEI!