quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sobre o amor de novela.

Sobre o amor de filme, aquele de querer um igual, ele só exige dois.
Dois atores, uma história e um roteiro pronto pra seguir...
Mas na vida real... a história é outra...
Alguns tem a sorte de serem correspondidos, enquanto outros decidem tentar suportar...
Não sei explicar o motivo pelo qual o amor sempre se esquece de começar... 
É engraçado como ele simplesmente não pede licença, entra sem bater, vem e fica sem ser convidado, se instala como um intruso dentro de nós. 
E fica lá incomodando, enchendo o saco, ora na cabeça, ora no coração... 
Passeia pela alma à vontade como se estivesse em seu habitat natural, até ocupar todo o espaço que você não deu...
Isso só até ele se acomodar.... 
Só até olharmos pra ele e perguntar: “O que que você veio fazer aqui ein?”. 
E ele deveria responder: "Eu só vim atormentar".
Mas o problema é que ele nem sempre é sincero... Normalmente ele é um cagão, não tem coragem, não tem orgulho e nem pudor... E digo mais, ele não tem um pingo de vergonha na cara!
Ele chega assim de leve, sem fazer barulho...
Se pelo menos avisasse que ia chegar,  seria possível nos preparar, ou então simplesmente ignorar.
Arranjar uma desculpa qualquer só pra não ter que o receber...
Sumir antes que ele sumisse com a gente.
Porque o amor, às vezes, é inconveniente. 
Ele tira a segurança do seguro.
Ele tira o chão.
Ele tira o ar daqueles que sempre tiveram muito fôlego. 
E não satisfeito: ele some com a razão de um jeito perigoso e irritante nos transformando em verdadeiros idiotas.
E é assim mesmo, desse jeito, chega sem aviso prévio e desestrutura tudo...
Embaraça. 
Denuncia.
Distorce. 
Engana. 
Desmemoria. 
Se diverte à nossa custa. 
Rola de rir, essa é a verdade.
Nos deixa sem referência...
Esse amor que se esquece de começar quer uma emoção que não queremos ter. 
Tira o sono, inquieta, martiriza. 
É uma aflição esperançosa que parece nunca se cansar de esperar.
Escraviza.
Persiste.
Usa e abusa.

Um comentário:

Jeferson Cardoso disse...

Olá Silvia!
Amor de novela é teatral, apenas encena. (sorrio)
Amor de verdade é tão bom quanto complicado! E finalizando, “Liberdade na vida é ter um amor para se prender” (Fabrício Carpinejar).
Abraço de um blogueiro navegante!

“Para o legítimo sonhador não há sonho frustrado, mas sim sonho em curso.” (JefhCardoso)

Convido para que leia e comente “Uma do Tchaikovsky” em meu blog http://jefhcardoso.blogspot.com/
Caso goste do blog, conto com seu voto nessa segunda fase do Top Blog. Obrigado!