sábado, 11 de agosto de 2012

De carona.

Me lembro que quando morei no Hawaii, a carona era um meio de transporte comum... E cada dia, eu pegava uma carona diferente, com um maluco diferente... e aquilo mudava o meu dia.

Aqui em Belo Horizonte, com a disseminação da violência, do medo, pegar uma carona se tornou uma verdadeira aventura, para a maioria, ou aos ouvidos daqueles que escutam relatos de viagens feitas pelos outros.

Eu tenho uma amiga que vive vindo de Ouro Preto pra Bh de carona, e confesso que já me peguei preocupada com isso algumas vezes...

Mas na real, acho que a carona é uma aventura sim. Mas talvez não tão arriscada assim.


Embora não se veja tantos caroneiros na beira da estrada, ainda é uma forma bem viável de se viajar.


A carona pode ser uma das melhores maneiras de realmente conhecer a fundo um lugar.


Uma viagem de carona é  uma forma bacana de conhecer a cultura de uma determinada região, que nos permite conhecer lugares que provavelmente não visitariamos e que nos permite conhecer pessoas que possivelmente nunca iriamos conhecer. O motorista pode ser um maluco filósofo, policial, hippie ou um fanático religioso. Você então passará um tempo com uma pessoa que você nunca imaginaria que um dia manteria uma conversa casual.



O caroneiro é um ser cheio de liberdade. Só você e sua mochila!

Sem horários e complicações, um objetivo a seguir, e toda a estrada pela frente.

Viajar de carona é uma oportunidades de viver uma aventura, numa época em que as viagens se tornaram bens de consumo, com milhares de opções de pacotes turísticos que te levam a ter uma experiência extremamente superficial, muito aquém do que se poderia realmente viver... 

A fé na humanidade, se restaura. Por todo o mundo, pessoas distintas e desconhecidas te levarão adiante, te oferecendo um pouco de segurança, abrigo ou comida. Gentileza e cooperação são os valores despertados pela carona.

Não somente somos tocados pela gentileza dos que decidem nos ajudar, mas também, de alguma forma mudamos essas pessoas. Nossas histórias, relatos, desejo de conhecer o mundo, e principalmente de mudá-lo, de uma forma ou outra servem como inspiração para as pessoas que encontramos pela estrada afora.

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