sábado, 21 de agosto de 2010

Estou aqui a passeio.

Percebi que muito daquilo que faço não condiz com meus próprios sentimentos, desejos e a minha própria vida. Não sou eu. É alguém que se apossa de mim e diz: “é preciso estudar, é preciso trabalhar, ser alguém na vida. É preciso casar, ter filhos e viver a vida, ficar velhinha ao lado do grande amor”.
Rótulos. São apenas rótulos que nos foram impostos e, sem discordar de nada, eu e você começamos obedecer às ordens, a seguir as regras. Como se a minha felicidade dependesse exatamente deste ciclo. É claro que eu não posso nascer um Benjamin Button, embora muitas vezes eu tenha desejado isso. Mas não acredito que precisamos concordar com esse ciclo vicioso que torna as pessoas cada vez mais parecidas, comuns e vazias.
Embora confesse estar vivendo neste mundinho, afirmo com todas as letras não querer fazer parte dele. Não que eu tenha me arrependido de tudo que já fiz e da pessoa que me tornei, mas vejo o mundo por outro ângulo. Vejo cores onde todo mundo vê apenas o preto. Sinto que tudo isso é pequeno demais pra mim. Eu não faço parte disso. Estou aqui a passeio, como dizem. Mas o meu passeio é mais bonito. Nele, eu encontro sabedoria nas palavras, encontro amor num abraço, encontro a vida passageira e laços que não se destroem, mesmo com a partida.
Se estou aqui neste momento é para conhecer e descobrir. E tenho certeza de que será válido algum dia. Mas acredito sim num mundo maior que este. Onde toda a minha vida será escrita com lápis de cor. Hoje eu quero viajar. Na minha cabeça, na minha alma, no Brasil e no mundo. Quero aproveitar cada pedacinho. Quero voar bem alto, sem me preocupar com os pés no chão.
Pronto falei é só isso o que eu quero.

Um comentário:

Unknown disse...

sinto exatamente a mesma coisa a maior parte do tempo...
peks