quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Rasgue a venda

Estava tudo bem. 
Eram aqueles pensamentos fora de órbita que vez ou outra tentavam perturba-la.
Da sua força, só ela sabia.
Hoje ela se olhou no espelho como se fosse a primeira vez e esqueceu todos os defeitos que certa vez tinha se atribuido. 

Deixou pra lá todos os conceitos que tinha de sí. 
Foi bom se permitir esse encontro. 
Os olhos dela estavam vendados. 

Então rasgue essa porra dessa venda! Não posso fazer isso por você. Não posso entrar na sua cabeça e te fazer perceber que o que você pensa tá tudo errado. 

Acho que, lá no fundo, ela sabia disso. Só não conseguia acreditar.
A verdade, é que ela não era perfeita e nem precisava ser. 
Cair, errar, normal. Aceita que nem sempre você vai acertar. 
E aprenda a enxergar que isso não quer dizer que você não é boa o suficiente. 
Isso é apenas a vida sendo vivida. 

A falha dela não era falta de amor. Era o excesso dele. 

A falta de sentimento está nos outros e, por mais que seja bom o que você tem a oferecer, as pessoas tem a opção de negá-lo. 
Paciência. 
Não é culpa sua (dá pra por isso na sua cabeça, de uma vez por todas?).

Ela se vestia de luz. E isso é tão raro nos dias de hoje. 

Ela foi lá pra fora, olhou pro céu e viu que o pior já passou. 

E ficou tudo bem!

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