As vezes eu penso que a gente só tem a gente.
E qualquer outra idéia não é nada mais do que a espera no outro.
Que o outro fale, que o outro perceba, que o outro entenda.
Mas o outro não entende.
Não entende porque não é a gente.
Ele acha que entende, mas na verdade ele não consegue ver porque os olhos são outros.
E o íntimo, o espírito, o pensamento, o sexto sentido falam todos de uma só vez.
E a gente cisma em ensurdecer por dentro e ouvir um outro qualquer.
O alheio parece mais sábio.
Ele fala mais alto.
Por que é que ele sempre tem razão ein?
Qualquer boa vontade alheia é lucro, caridade, compaixão, gentileza, consideração...
Com um pouco de sorte, amizade;
mais sorte ainda , é amor.
Mas tudo isso não é da gente, é de quem o tem.
Porque a gente sabe, no fundo, bem lá no fundo, que na verdade não tem ninguém.
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