domingo, 12 de setembro de 2010

Nem os escanfandristas, não se afobe não, como diria o Chico.

É de manhã, eu acabo de acordar e eu vou ter que admitir que acordei pensando em você.
Na verdade eu dormi pensando em você.
Na verdade eu não dormi.
Na verdade desde antes de ontem eu sabia da ansiedade que viria quando eu soube que a gente se veria outra vez.
Na verdade eu sabia que seria exatamente assim quando a gente se visse outra vez.
Exatamente assim.
Exatamente outra vez.
Outra vez tudo retorna, mexe, muda e transforma.
E eu sei exatamente como você se sente.
E você sabe exatamente como me sinto também.
Exatamente como a gente se sente exatamente assim, todo mundo nota.
Ela também nota.
Peço desculpas por isso. Desculpe a inconveniência. Mas é que tudo retorna, mexe, muda e transforma e eu também percebo como isso te incomoda.
Não é nada agradável retornar a casa e ter de volta tudo outra vez, a lembrança, o abraço e os olhinhos.
A gente bem sabe o que a gente tem.
A gente bem sabe que alguma coisa indeterminada ficou parada no tempo exatamente naquela vez em que você falou que tinha medo de magoar meus sentimentos.
Mas acho que você não magoou.
Nem mesmo quando foi sincero comigo, com ela, com elas...
Nem mesmo quando te ver com ela não foi exatamente agradável mas também não foi assim algo tão ruim...
Simplesmente nunca foi ruim e é exatamente assim: único.
Eu sei que isso tudo que a gente tem é único.
A gente bem sabe que isso tudo que a gente tem é incondicional à terceiros.
Ninguém, ninguém há de mudar.
Ninguém há de me fechar as portas do coração.
Todo mundo nota tudo, não importa.
A gente bem sabe o que a gente tem.
Você percebe, você não liga.
Não importa, eu vou voltar pra casa, amanhã é segunda-feira, o dia vai raiar e a gente vai ser bem feliz.
A semana começa e a gente se esquece, tudo bem, não importa.
Você percebe, você não liga. E eu não vou ligar.
Nem os escanfandristas, não se afobe não.

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